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31 de maio de 2009

SOS CONTRA O PRECONCEITO. ENTREVISTA COM NAYLA BRIZARD.



QUEM É NAYLA BRIZARD




O personagem Nayla Brizard foi criada a 15 anos atrás pelo ator Nilo Faustino.

Origem do nome: Nilo(Nayla) e Brizard (licor francês).

Ela apresenta com toda sua irreverência e simpatia, juntamente com o Pedro e o Gilbert, o programa Silicone Show da Rádio 98 FM que vai ao ar de segunda a sexta das 10:00 ao meio-dia.





A ENTREVISTA
(SOS) Como foi a descoberta da sua orientação sexual?

(Nayla) Gente, minha descoberta “ai ai ai”. Eu descobri dentro do útero da minha mãe, porque eu não quis nascer de parto normal, saí de cesariana (risos). Eu não me interessava por menina, só queria brincar de boneca. Minha mãe dava bola de futebol para mim, e boneca para minha irmã; e eu tomava a boneca dela. Minha mãe queria que eu fosse bombeiro, mas virei Drag, aconteceu tudo ao contrário, enfim, eu não nasci, eu “estreei”. Eu já sabia que ia ser Biba.


(Nayla) Total né gente, trabalho em uma rádio (risos).






(SOS) Houve alguma mudança na sua relação com amigos e parentes e na relação deles com você?



(Nayla) Não nenhuma. Eu acho que a opção sexual não conta muito nesse caso, o que conta é o caráter da pessoa, a atitude que você tem com as pessoas. A maioria dos meus amigos são gays, tenho amigos heteros também, mas a maioria é gay, ai não tem como ser discriminada, até existem gays que discriminam gays, mas não é meu caso.


(SOS) E com a família, como foi?

(Nayla) Tranqüila, minha mãe morreu sem saber, acho que ela era doida (risos). O meu pai morreu eu era muito pequena, tinha 7 anos. Minha mãe morreu eu tinha 22, ou ela não sabia ou fingia que não sabia de minha opção sexual, agora meus irmãos todos sabem, e tenho uma relação tranqüila e super normal com eles.

(SOS) Você já se defrontou com algum tipo de preconceito?

(Nayla) Gente, preconceito é uma coisa do brasileiro. Agora também não gosto dessa coisa de ficar: Tadinha de mim, eu sou homossexual. Preconceito é coisa de pessoa que tem a cabeça pequena e não é uma coisa exclusiva dos gays. Os negros, os gordinhos, todos sofrem preconceito. As minorias sofrem muito preconceito. Já sofri preconceito, mas “tiro de letra” e levo “numa boa”.


(SOS) Como você lida com a infidelidade?

(Nayla) Isso é uma coisa que não entra em minha cabeça, infidelidade no namoro, ou amizade é uma coisa que não tolero e não aceito. Isso é um defeito gravíssimo.

(SOS) Você tem algum tipo de preconceito? Como lida com eles?

(Nayla) Ai gente, todo mundo tem um certo tipo de preconceito. Eu procuro lidar muito bem com isso, eu converso muito comigo mesma, tem hora que acho que sou doida, pois paro para analisar o que estou pensando. Mas todo mundo tem um pouco de preconceito, não vou falar que não tenho, porque é uma coisa que a gente sempre tem, não sei se é preconceito ou um conceito, mas eu tenho sim.

(SOS) Você acha que o índice de preconceito no Brasil diminuiu?


(Nayla) Diminuiu muito, não é da minha época, mas antigamente os gays apanhavam na rua. Agora não existe mais isso, agora homem anda de mão dada com outro dentro de shopping.

(SOS) Você acha que a homofobia tem que ser considerada crime como o racismo?

(Nayla) Tem que ser considerada com certeza, aliás é um crime, a gente não escolhe ser gay, nós nascemos assim.

(SOS) Você acha que assumir a sexualidade é liberdade ou desvio de conduta?

(Nayla) Liberdade certamente, eu acho que você pode escolher roubar ou não, mas ninguém pode escolher ser hetero ou gay, igual uma pessoa que é negra e não pode escolher ser branca, e quando escolhe, acaba se dando mal, exemplo Michel Jackson (risos).

O blog SOS MODA & ESTILO agradece à Nayla Brizard e a Rádio 98Fm pela entrevista a nós concedida.


OUÇA ABAIXO A ENTREVISTA DE NAYLA BRIZARD.


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